Meu companheiro sombrio

Repentinamente, sou toda apatia.

Um desejo de ver e sentir

Meu sangue se esvair

Simplesmente me toma

Já não sei mais onde ele começa

E onde eu termino...

Quando eu começo,

Pra que ele acabe...

Eu apenas sinto.

Tento pensar sobre isso

Dar ao sentimento um sentido

E vislumbro a mim mesma

Entrando, novamente por esse túnel

Como se eu já não soubesse onde tudo isso vai dar...

Como se eu não soubesse que, cedo ou tarde, vai passar...

Mas tudo que eu consigo pensar agora é nesse desejo imenso de sangrar...

Percebo q não é uma questão de calar uma outra dor,

ao menos não pra mim...

Pois existe um prazer mesmo,

Um companheiro obscuro

Que se deleita ao me ver sofrer.

E às vezes não sei mais onde eu acabo

E ele começa...

Às vezes não sei mais quem é quem

Quero apenas abrir passagens na pele para me sentir...